Neste mês, trago uma sugestão/imposição pro DV com visão reduzida que, apesar de ainda enxergar, tem dificuldade pra se locomover, ler e identificar espaços e pessoas…. É óbvio que a escolha de seguir o que proponho, aqui, é tua, porém, falei em imposição porque, como perdi a visão aos poucos devido à “muy amiga” e incurável Retinose Pigmentar, a RP, sei o quanto seria menos árduo aplicar as 5 ações a seguir enquanto eu ainda enxergava.
Isto ajuda a gente na orientação em locais abertos e fechados, na coordenação motora pra administrar objetos e pertences com a bengala, no manuseio da reglete e punção pra escrita Braille, etc., principalmente, quando o assunto é doença ocular degenerativa progressiva, causadora da maioria dos diagnósticos de Baixa Visão. Não quero passar uma imagem de pessimista, amarga ou semeadora do mau agouro,🧿😟☹️😢, muito menos afirmar que todos que têm Visão Reduzida não enxergarão mais em algum momento, !
Só afirmo que é fundamental nos prepararmos pra uma hora em que a prevenção nos dará bônus de segurança, confiança e autonomia…. Exceto a alfabetização em Braille, deixei pra depois a prática das demais 4 ações, e, por isto, defendo a familiarização e a execução delas pra que tornem-se hábito. E, mesmo que tu não perca mais visão, no mínimo, tu ganha mais orientação, mobilidade, conhecimento e opções pra aumentar o conforto e a saúde dos olhos. Então, partiu saber as 5 coisas que o DV precisa praticar o mais cedo possível?😣😐
“Caminhando contra o vento, sem lenço e sem documento….”
A bengala é a primeira coisa que devemos incorporar na rotina, mesmo sendo a ação mais difícil, física e emocionalmente. Escolher o tamanho que se encaixa com tua altura e a cor correta, respeitando o teu grau de deficiência, verde pra Baixa Visão e branca pra Cegueira, é o começo da escalada rumo à autonomia.
Depois, vem o treinamento, já que tu reaprende a caminhar com o plus de um par de olhos em uma mão!🙀🙌🏽👌🏻! A bengala será tua nova melhor amiga, tua segurança ao caminhar por aí, tua salvação em ambientes desconhecidos e a tua tranquilidade, teu bem estar…. Contudo, seu uso exige tempo, energia, coordenação motora, equilíbrio e muiiiittttaaaa paciência, pois tu unirá várias informações: ritmo da caminhada com a bengala na frente, a necessidade de juntar o olfato e a audição com os passos pra identificar os espaços, o foco no momento com concentração 100% na tua locomoção….
Além disto, paralelamente à questão da prática, tem a “avalanche” emocional que nos atrapalha: raiva, vergonha, tristeza, baixa autoestima…. É aqui que mora o maior problema, e, ao mesmo tempo, a solução! Bengala é sobrevivência, é resgate do direito de ir e vir, é qualidade de vida, é colocar a ti e aos outros em segurança e é uma extensão do teu corpo. Não é um acessório que tu te dá ao luxo de optar se usa ou não, é dever, o que deixa a parte mental em segundo plano….
Te concentra na prioridade de inserí-la na tua vida e, imediatamente após esta ação, cuida do emocional, porque é ele que te manterá forte e amenizará as horas difícil , estimulando a aceitação. Diante disso, dá pra ver o quanto é importante treinar com a bengala cedo…. Escolhe ou contrata alguém pra te ajudar, conversa com pessoas que usam e pratica. Não é algo simples, agradável ou um sonho de vida, mas, se é um recurso que facilita, temos que usar! Se tu não quiser, ok, boa sorte…. O resultado é dependência constante e risco. Então, te permite e boa liberdade, meus queridos!🧠👣🙏🏼🫵🏻👁🧑🏻🦯🧑🏻🦯👨🏻🦯👩🏿🦯👨🏾🦯
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