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“…. Aonde você foi morar, não quero estar de fora, aonde está você….”

  • Foto do escritor: Camila Monteiro
    Camila Monteiro
  • 13 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura

Camila sentada na areia da praia do Costão do Santinho em Santa Catarina.

A hospedagem também é peça fundamental pra viagem ser mais tranquila e segura. Seja em hotel, hostel, casa, apartamento ou camping, o mais prático e lógico é optar pela melhor localização possível, mesmo que este detalhe exija maior preço. A vantagem é o custo x benefício, pois, quando tu investe em um um lugar bem localizado, tu lucra nos deslocamentos, podendo gastar mais em outras coisas.🤑🤔.

Outro ponto positivo é a segurança, já que os locais mais movimentados, em zonas melhores e mais centrais, são mais fiscalizados e menos desertos. Se isto ajuda quem é vidente, é imprescindível pra quem é DV…. E, se for este o teu caso, te liga no seguinte: caso tu viaje sozinho, procura informar, já no momento da reserva, que tu tem a deficiência, especialmente se tu precisar, ou preferir, utilizar serviços personalizados, como transfers, por exemplo. Se não der pra dizer nesta hora, é importante que tu diga antes de ir, já que, assim, o estabelecimento pode providenciar o que tu solicita.

E, antes de reservar, te certifica de que o local disponibiliza o que tu quer e precisa… Ok, parece óbvio, mas, quando somos DV’s e esquecemos um detalhe como este, justamente por ser tão básico, a viagem pode se tornar algo bem desagradável!😱😢😓! Vale a mesma dica pra casa ou apartamento alugados…. Além de expor a questão visual, é fundamental pedir pro proprietário te mostrar todo o local, detalhando os espaços, e, caso não possa fazê-lo, te informe tudo mesmo assim, pra tu ter mais tranquilidade e autonomia segura.

Camila e o pai na piscina do Hotel Guarita de Torres-RS

Sugiro que, quando tu estiver viajando acompanhado, é bom que tu também explique pra quem te atender que tu é DV, mesmo que quem tá contigo esteja quase sempre ao teu lado. Esta atitude deixa tudo claro e te dá um “plus” na segurança, além de alertar os devidos responsáveis de que devem te dar atenção especial. O importante é se comunicar, pois a responsabilidade de ter bons resultados no teu atendimento também é tua. Lembra que ninguém é obrigado a saber que tu é DV e, mesmo que as pessoas percebam, tu é quem deve falar no que e como precisa de auxílio!😉😆!

Quanto aos hotéis e afins, é necessário que alguém da equipe seja destinado pro atendimento personalizado à pessoa com deficiência, e, no caso da visual, priorizar o detalhe. Apresentar, com o máximo de informações e descrição, todas as dependências do local, como recepção, piscinas, banheiros, restaurante, salas de TV e de jogos, e, principalmente, o quarto. Quais os móveis e como e onde estão, como é o banheiro e a disposição da pia, porta toalha e papel higiênico, box, vaso sanitário, chuveiro, como é o armário, seus cabides e prateleiras, onde fica o telefone, como são os controles remotos do ar condicionado e da TV e quais botões de troca de canal e temperatura, como se abrem as janelas e portas, são dados imprescindíveis pra montarmos uma imagem do lugar, o que nos dá mais segurança.

Cuidar pra deixar o mais livre possível o centro dos corredores, complementar o Braille dos elevadores com o anúncio sonoro de cada andar e assessoramento pra identificar os pratos e se servir nos restaurantes também são detalhes que nos ajudam e aumentam nossa independência. E destaco que o atendimento à pessoa com deficiência deve constar nos conteúdos dos cursos de Hotelaria e Turismo pra que todos tenhamos acessibilidade verdadeira e de qualidade. Então, mãos à obra, meus queridos, já que nada sugerido aqui exige muito esforço ou dinheiro, né?😣😊😚

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