Como cultivar a vontade de aprender e reaprender?
- Camila Monteiro
- 28 de mar.
- 2 min de leitura
“ não quero lhe falar meu grande amor, das coisas que aprendi nos discos, quero lhe contar como eu vivi….”

Vivendo e aprendendo: um dos grandes alimentos da boa autoestima é manter o cérebro sempre estimulado. Seja através de uma nova aprendizagem, seja com uma nova forma de aprender algo que já se sabe, ou com atividades físicas e cognitivas que desafiem a gente a sair da zona de conforto, não importa. O que vale é botar o mestre do corpo pra funcionar!🧠👧🏽👩🏻!
E, se tem uma coisa que não dá descanso para o cérebro é a deficiência. O tempo todo, ela testa os nossos limites, nos obriga a desenvolver técnicas que facilitem o nosso dia a dia, nos impõe uma rotina de logísticas para que a nossa vida seja mais segura e para que nós sejamos mais confiantes, enfim, querendo ou não, precisamos usar muito e nos aliar ao cérebro para viver com a deficiência. É questão de sobrevivência, não temos opção!😢😞!
O irônico, aqui, é que, mesmo com todo este exercício, a autoestima de quem tem deficiência é, normalmente, baixa. O motivo? Colocamos ela em primeiro lugar, como se ela fosse o nosso nome e sobrenome, ignorando tudo o que ela desperta em nós, que, com certeza, não seria despertado em qualquer outra situação. É óbvio que entre ter ou não uma deficiência, eu escolhería não ter😃, mas, a força e a adaptação que ela nos traz, dificilmente, podemos vivenciar de outra forma.
Nascer sem a visão ou audição, ou perdê-las com o tempo, nascer ou se tornar deficiente intelectual, ou nascer sem algum movimento ou sem algum membro do corpo, ou perder parcial ou totalmente a mobilidade ao longo da vida, são fatos que exigem muito do cérebro, pois temos de aprender a viver nestas condições ou reaprender com as adaptações necessárias para a nova condição.
Porém, apesar de não ser fácil e de ser um saco, injusto e triste, precisamos tomar uma decisão: ou seguimos em frente, encarando as dificuldades e fazendo o possível pra conviver com o que temos, ou estagnamos, focando somente na deficiência e perdendo todo o resto.
A partir do momento que seguimos pela primeira opção, começamos a nos enxergar além do diagnóstico, tendo orgulho da trajetória, mesmo com dor e com tristeza, porque as dificuldades continuam. Com isto, nos aceitamos cada vez mais, nos estimulamos a aprender e a reaprender sempre, e, como consequência, nossa autoestima cresce e é sempre alimentada.
Não sei como é seguir pela segunda opção, mas, acredito que é uma grande perda de tempo, além de ser muito triste. Creio que a vida é um presente tão raro que é um desperdício perdermos tempo paralisados diante dos percalços trazidos por ela. Acho que, se estamos aqui ainda, temos muito o que fazer, portanto, precisamos agir no tempo que nos resta. E aprender e reaprender é uma das melhores formas de usar o tempo.
Então, mesmo sendo difícil, Bora aprender e reaprender pra aumentar a autoestima!
😮💨💓😄☺️
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